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ANIVERSÁRIO: SITITEV celebra 33 anos de defesa dos trabalhadores de Rio do Sul e Região do Alto Vale do Itajaí

“O sindicato é a maior ferramenta para os trabalhadores lutarem pelos seus direitos, por melhores condições de trabalho e salários. Penso que o sindicato é o equilíbrio”

Nesta sexta-feira (12/5), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Rio do Sul e Região do Alto Vale do Itajaí (SITITEV), associado à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), comemora 33 anos de luta e defesa da classe trabalhadora. 

Na quinta gestão frente ao comando do SITITEV, nesta data, a presidente Zeli da Silva, relembra que em 1990 o sindicato foi fundado devido a necessidade de se ter uma entidade sindical que representasse a categoria na região que despontava no segmento têxtil. 

Hoje além da sua sede em Rio do Sul, para atendimento dos sindicalizados a entidade conta com seis subsedes estabelecidas nos municípios de Rio do Oeste, Pouso Redondo, Taió, Ituporanga e Agrolândia. 

Zeli, que nessas últimas décadas também já foi vice-presidente e secretária geral da FETIESC, lembra que a história do SITITEV guarda uma série de fatos que foram importantes para a luta pela defesa dos direitos e da saúde dos trabalhadores. No entanto, para ela, o momento mais marcante foi quando ela própria foi agredida, com um sarrafo, na frente de uma empresa que estava descumprindo os direitos dos trabalhadores. O acontecimento repercutiu em nível nacional.

Ao refletir sobre a importância do SITITEV para os trabalhadores da categoria, Zeli destaca que “O sindicato é a maior ferramenta para os trabalhadores lutarem pelos seus direitos, por melhores condições de trabalho e salários. Penso que o sindicato é o equilíbrio”, enfatiza.

No entanto, Zeli lamenta o fato de o movimento sindical estar vivendo um momento muito ruim, sendo que foi enfraquecido nos últimos governos neoliberais e, após isso, não conseguiu mais se reorganizar e mobilizar a classe trabalhadora. 

Conforme ela, “A falta de credibilidade dos trabalhadores perante aos sindicatos é muito grande”, contudo, a presidente enfatiza que é necessário mudar as estratégias uma vez que “estamos com o mesmo discurso de vinte anos atrás. Precisamos nos modernizar para conseguir avançar em pautas importantes para a classe trabalhadora. Estamos retrocedendo. Há anos não avançamos em melhoria para a classe trabalhadora. Além disso, precisamos da participação das mulheres e dos jovens nas direções dos sindicatos”, avalia Zeli que defende uma renovação das bases sindicais.

PIONEIRISMO – Nestes 33 anos de história, o SITITEV se manteve na vanguarda pela inserção das mulheres trabalhadoras no movimento sindical e em todos os espaços de poder, bem como  iniciou os primeiros debates sobre a saúde do trabalhador.

Conforme relatado por Zeli da Silva, foi em Rio do Sul que aconteceu a primeira reunião onde se detectou que a classe trabalhadora vivia sofrendo com problemas de saúde, principalmente relacionadas às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e aos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), que levaram a participação ativa da entidade tanto no Fórum de Saúde do Trabalhador quanto no Conselho Estadual de Saúde.

Imprensa Fetiesc

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