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INTERNACIONAL: Vitória dos ultradireitistas nas prévias da Argentina coloca em risco a classe trabalhadora

A Argentina tem um empréstimo em aberto de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), contraído em 2018 durante a gestão de direita-liberal de Mauricio Macri (2015-2019)

“O movimento sindical e a classe trabalhadora argentina sofre um grande risco de se tornar vítima de um governo com ideais ultradireitistas, a exemplo do que sofremos desde 2016, com os projetos de Temer e Bolsonaro” , alerta o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), na manhã desta segunda-feira (14/08), ao comentar a vitória do candidato oposicionista e de extrema direita, Javier Milei, vencedor das eleições primárias realizadas neste domingo (13/08), com mais de 30% dos votos.

Autodeclarado como um anarcocapitalista – corrente que defende um modelo de capitalismo sem regulação do Estado – Milei é um aliado de Trump e Bolsonaro, de quem recebeu apoio expresso para vencer essa primeira etapa, e que pode se repetir na votação final que ocorre em 22 de outubro.

Conforme Martini,  que também preside a Federação das Entidades Sindicais de Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose, Papelão, Cortiça, e Artefatos de Papel do Mercosul (FESPAM), lideranças sindicais e a classe trabalhadora devem se unir para que a força nazifascista não se fortaleça na América Latina, pois representam um retrocesso imensurável tanto à democracia quanto aos direitos humanos e dos trabalhadores. “Mais do que nunca, temos que alertar e convencer os nossos irmãos argentinos o que sofremos após o golpe de 2016, com sucessivas perdas de direitos e precarização do trabalho e do movimento sindical brasileiro”, salienta ele. 

Na próxima quarta-feira (23), Martini embarca para Buenos Aires onde participa da reunião anual da FESPAM, com lideranças sindicais argentinas, uruguaias, colombianas e brasileiras. Na oportunidade, além de estabelecer estratégias diante a nova conjuntura política que se desenha, os sindicalistas debaterão sobre a realidade e os desafios atuais do movimento sindical nacional e internacional. 

Fundada há 28 anos, participa das tratativas sobre o desenvolvimento econômico e comercial das indústrias, além de atuar na defesa dos direitos da classe trabalhadora e da preservação do meio ambiente.

Imprensa Fetiesc

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