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FSS 2023: Dr. Verlaine afirma que se o movimento sindical não rever a sua postura atual, está fadado ao próprio fim

A palestra faz parte da programação do Fórum Sindical Sul que acontece em Campo Grande (MS)

O segundo dia da 15ª edição do Fórum Sindical Sul (FSS 2023) iniciou com a palestra do jornalista,  analista político e assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Dr. Marcos Verlaine, que na manhã desta quinta-feira (26/10), esteve no auditório do Hotel Campo Grande apresentando aos centenas de participantes sua ‘Análise da conjuntura político-econômica e perspectivas de custeio sindical’. 

Numa palestra empolgante, Verlaine teceu provocações sobre o movimento sindical que, conforme ele, ganhou uma nova chance com o terceiro mandato do presidente Lula, o qual se mantém refém de um Congresso Nacional reacionário. A isso considerou que “A pauta do movimento sindical não está no governo, mas sim no Congresso. Se o movimento sindical mantiver a postura atual, se não combater ideias no Congresso, está fadado ao próprio fim”, prevê ele ao instigar os dirigentes sindicais a saírem da zona de conforto para travarem um debate e politizarem a classe trabalhadora.

Verlaine também condenou os retrocessos nos direitos trabalhistas promovidos pelos governos de Temer e Bolsonaro, por meio do que se atingiu os principais pilares das relações de trabalho, atacando simultaneamente quatro eixos centrais das relações de trabalho: condições de trabalho; organização sindical; negociação coletiva e a Justiça do Trabalho. 

Neste contexto de direitos trabalhistas desmantelados pelas políticas fascistas e neoliberais dos últimos tempos, Verlaine percebe a organização sindical brasileira como um movimento contemporâneo, o qual, conforme ele, não pode se apequenar em apenas negociar salários, mas que deve se dispor a disputar a política de modo que os interesses da classe trabalhadora voltem a ser representados e defendidas nos poderes constituídos. 

“Percebo que hoje o movimento sindical está fazendo espuma, porque não possui nenhuma pauta no Congresso Nacional. Mas tudo isso pode ser mudado com o debate político e se nos livrarmos da burocracia e das contradições e descermos para o jogo, cada vez mais próximos dos trabalhadores”, avalia. 

Dentre as provocações suscitadas por Verlaine está a necessidade de o movimento sindical criar pautas e fazer a disputa política de projetos que visem superar as desigualdades, gerar empregos formais e de qualidade, promover crescimento dos salários, garantir a proteção social, trabalhista e previdenciária ao trabalhador, assegurar a sustentabilidade ambiental e fomentar a inovação. “Essas causas devem promover a união inquebrantável do movimento sindical” alertou.

O FSS 2023 é organizado por federações e sindicatos de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e reúne dirigentes e trabalhadores ligados aos departamentos têxtil-vestuarista. Na tarde de hoje o evento contará com a presença do senador Paulo Paim (PT-RS) que discorrerá aos sindicalistas sobre o trabalho e o Estatuto do Trabalho. 

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